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Mundo da Zootecnia: julho 2010

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Programa Trainee Minerva 2010-2011


Objetivo do Programa:Identificar profissionais recém-formados, com alto potencial, oferecendo-lhes oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento, através da complementação do ensino em termos de treinamento prático, aperfeiçoamento técnico, cultural e de relacionamento humano, visando à preparação de futuros líderes das diversas áreas da organização.


Pré-Requisitos:
Formações Desejadas: Administração de Empresas, Agronomia, Engenharia de Alimentos, Engenharia de Automação Industrial, Engenharia Mecânica, Engenharia de Produção, Medicina Veterinária, Zootecnia.

Graduação de até 1 ano.
Conhecimentos em inglês e espanhol.
Experiência: Estágios em empresas.
Disponibilidade para viagens e mudanças de cidade e estado.
Capacidade de liderança, visão empreendedora, facilidade para trabalhar em equipe.
Áreas de Atuação:Os candidatos aprovados poderão atuar em todas as unidades do Grupo, nas áreas de
Produção
Comercial (Mercado Interno e Externo)
Logística
Administrativa
Suprimentos


Etapas do Processo Seletivo:
Inscrição (até 03 de Setembro de 2010)
Análise curricular
Provas
Dinâmicas de grupo e entrevistas


Etapas do Programa de Desenvolvimento:
Integração: Ao ingressar no Grupo Minerva o trainee participa do Programa de Integração Corporativo, que tem por objetivo facilitar a ambientação do novo colaborador à Empresa, transmitindo informações sobre normas, procedimentos, cultura, etc.

Programas de Treinamento: Os trainees selecionados receberão treinamentos baseados em diversas questões que envolvam Habilidades Gerenciais.
Rodízio entre Departamentos: Cada trainee fará rodízio entre os departamentos selecionados para o desenvolvimento de projetos solicitados pelas respectivas Diretorias.

Avaliação: O trainee será avaliado ao final do Programa, mediante a apresentação do projeto desenvolvido neste período.

Duração do Programa: 6 meses


Local da Vaga: Todas as unidades do Grupo
Interessados mandar currículo através do site:

quarta-feira, 28 de julho de 2010

O uso da cana-de-açúcar na alimentação animal


A utilização de alimentos com nutrientes capazes de manter e assegurar as exigências de mantença e o nível de produção pretendido, juntamente com um baixo custo de produção constitui a base do sucesso de uma exploração leiteira, visto que os custos dos alimentos representam mais da metade do custo da produção, exercendo grande influência sobre a rentabilidade de todo o processo produtivo (EMBRAPA, 2009). Os custos dos alimentos devem ser minuciosamente analisados, contabilizados e devem estar de acordo com a produtividade alcançada, ou seja, os animais que consumirem ração concentrada, por exemplo, devem estar produzindo uma média de leite por dia, de forma que essa produção cubra esses custos de ração (PREDIGER, 2009).
A cana-de-açúcar é um volumoso que se enquadra dentro desse sistema de redução de custos de produção, uma vez que ela destaca-se como uma forrageira em potencial para uso na alimentação de ruminantes por diversas razões, dentre elas: a) cultura de fácil cultivo e manutenção; b) cultura que dispõe de tecnologia avançada; c) após a maturação mantém a composição praticamente inalterada; d) forrageira de alta produtividade (MS/ha); e) forrageira adequada para uso coincidindo com a época de escassez de forrageiras de bom valor nutritivo; f) valor energético elevado; g) volumoso de baixo custo e h) dentre outros aspectos (OLIVEIRA, 1999).
A cana como suplemento alimentar para bovinos é uma prática que vem sendo amplamente utilizada pelos pecuaristas brasileiros, para amenizar os efeitos causados pelo período das secas quanto à diminuição na produção e qualidade das forrageiras. O fornecimento da cana é principalmente na forma in natura ou na forma de silagem.
A ensilagem da cana consiste na fina picagem (partículas de 0,5 a 0,8 mm) e rápido acondicionamento da forragem em estrutura de armazenagem resultando na fermentação anaeróbia do ensilado. Na fermentação da cana-de-açúcar ocorre extensa atividade de leveduras epífitas, que convertem açúcar a CO2, água e etanol. Essa conversão acarreta redução no valor nutritivo e elevadas perdas durante a estocagem e fornecimento da silagem aos animais, levando a diminuição no teor de carboidratos solúveis, baixos teores de ácidos lático e acético na massa ensilada, e aumento relativo no teor de fibra em detergente ácido (FDA) das silagens (ALLI et al., 1983). Além da perda energética, o etanol residual na forragem provoca rejeição de consumo pelo animal, principalmente na fase inicial, após o fornecimento das silagens no cocho (SCHIMIDT et al., 2004).
Embora possa representar uma solução operacional, existem questionamentos se a ensilagem da cana-de-açúcar constitui-se também em solução técnica e econômica. Trabalhos recentes desenvolvidos aqui no Brasil têm demonstrado que silagens produzidas exclusivamente de cana, ou seja, sem adição de qualquer tipo de aditivo (microbianos, enzimáticos, químicos, absorventes e fornecedores de carboidratos), são de baixa qualidade, acarretando rejeição das rações pelos animais (NUSSIO et al., 2003). Por outro lado, os procedimentos com a ensilagem e a utilização de aditivos para melhorar a qualidade da silagem de cana promovem o aumento do custo desta em relação à cana in natura.
De outra forma, o fornecimento da cana in natura se dá por meio de corte diário e fornecimento imediato da forragem fresca aos animais, juntamente com o concentrado. Segundo MOTA (2008), este sistema de corte diário é tido como principal entrave por parte dos produtores, que alegam a falta de tempo para a manutenção das máquinas e o aumento da mão-de-obra utilizada na propriedade. Visando contornar estes problemas, diversas propriedades têm lançado mão da técnica da hidrólise da cana-de-açúcar in natura com cal virgem ou hidratada para diminuir a frequência do corte e picagem da cana, além de proporcionar melhor aproveitamento da cana por parte dos animais. Esta técnica permite ao produtor uma maior flexibilidade no uso e manutenção do maquinário e racionalizar a mão-de-obra utilizada no corte da cana-de-açúcar, além de proporcionar uma melhoria na sua qualidade de vida através da diminuição dos dias que o produtor terá de cortar cana para o fornecimento aos animais.
Convém destacar que o fato da cana hidrolisada aumentar o tempo de conservação da forragem, diminui os gastos com a mão-de-obra, diminui a depreciação de maquinários, uma vez que não são utilizados diariamente, disponibilizando tempo para desenvolvimento de outras atividades na propriedade, viabilizando não só os custos operacionais como também otimizando o tempo do trabalhador rural.
Além dos benefícios relacionados com a diminuição da picagem da cana, a hidrólise promove melhorias na digestibilidade da fibra, possibilitando aumento no CMS e conseqüentemente na produção de leite. EZEQUIEL et al. (2005) avaliando o processamento da cana-de-açúcar, verificaram que bovinos mestiços Zebu x Holandês alimentados com cana hidrolisada com hidróxido de sódio (1,5 a 50% de NaOH) e cana hidrolisada fenada apresentaram CMS 25,0 e 16,7% superiores a cana-de-açúcar fornecida in natura, resultado do aumento da digestibilidade da fibra (45%).
SFORCINI (2008) observou que vacas alimentadas com cana hidrolisada com cal virgem e armazenada por 72 horas produziram mais leite que vacas alimentadas com cana in natura, entretanto quando a produção foi ajustada para 4% de gordura, esta foi semelhante entre a cana in natura e as canas hidrolisadas, com relação ao custo final da cana hidrolisada, em comparação a cana in natura, observou ainda que o acréscimo de valor da cal não alterou o custo de alimentação da cana hidrolisada em relação à cana in natura, proporcionando aparentemente uma semelhante margem de lucro entre esses volumosos. Fato esse que ressaltou a grande vantagem da utilização da técnica de hidrólise na cana-de-açúcar para alimentação animal.


Obs: Este texto foi retirado do meu trabalho de graduação apresentado à Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias- Câmpus de Jaboticabal. Intitulado: Avaliação Econômica Parcial de Dietas à base de diferentes volumosos para vacas leiteiras. Caso alguém se interesse pelo assunto e queira saber mais, pode entrar em contato pelo blog.


Referências:

ALLI, I.; FAIRBAIRN, R.; BAKER, B. E.; GARCIA, G. The effects of ammonia on the fermentation of chopped sugarcane. Animal Feed Science and Tecnology, v.9, ,p. 291-299, 1983.

EMBRAPA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecúaria. Disponível em: : . Acesso: em 15 abr. de 2009.

EZEQUIEL, J.M.B.; QUEIRÓZ, M.A.A.; GALATI, R.L. Processamento da cana-de-açúcar: Efeito sobre a digestibilidade, o consumo e a taxa de passagem. Revista da Sociedade Brasileira de Zootecnia, v.34, n.5, p.1704-1710, 2005.

MOTA, D.A. Diferentes tipos de cales na hidrólise da cana-de-açúcar IAC 86-2480. 54p. Dissertação de Mestrado – FCAV/UNESP, Jaboticabal, SP. 2008

NUSSIO, L.G.; SCHMIDT, P.; PEDROSO, A.F. Silagem de cana-de-açúcar. In: SIMPÓSIO SOBRE MANEJO DA PASTAGEM, 20, 2003, Piracicaba. Anais...Piracicaba: FEALQ, 2003. p. 187-205.

OLIVEIRA, M.D.S. Cana-de-açúcar na alimentação de bovinos. 1. Ed. Jaboticabal: FUNEP, 1999. 128p.

PREDIGER, A.J. A importância do manejo das pastagens na redução dos custos de produção. Disponível em: . Acesso: 19 de abr. de 2009.

SCHIMIDT, P.; NUSSIO, C.M.; RODRIGUES, A.A.; NUSSIO L.G.; SANTOS, P.M.; SILVA, C.E. Produtividade, composição morfológica, digestibilidade e perdas no processo de ensilagem de duas variedades de cana-de-açúcar, com e sem adição de uréia. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 41.,2004, Campo Grande. Anais... Campo Grande: SBZ, 2004a. 1 CD-ROM.

SFORCINI, M. P. R. Avaliação de rações contendo cana-de-açúcar hidrolisada no desempenho de vacas em lactação. Dissertação de Mestrado – FCAV/UNESP, Jaboticabal, SP, 2008. (Projeto apresentado no Exame Geral de Qualificação).

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Profissão Zootecnista

O Zootecnista deve ser um profissional com sólidos conhecimentos científicos que, dotado de visão crítica global das conjunturas econômica, social, política e cultural da região onde atua, do Brasil e do mundo, esteja preparado para gerenciar diferentes sistemas de produção animal, otimizando a utilização dos recursos potencialmente disponíveis e tecnologias socialmente adaptáveis, desenvolver pesquisas demandadas pelos problemas do campo, sendo um agente de extensão rural, muitas vezes assumindo a função de docente.
Importante lembrar que o
Zootecnista
deve primar pela ética e competência, desconhecendo limites e sendo humilde para reconhecer fronteiras, utilizando seus conhecimentos para minimizar os problemas que agridem o meio, entendendo que sua especialização depende da globalização de seus conhecimentos.
Os desafios são muitos na missão de aumentar as atuais taxas de produtividade dos rebanhos de interesse zootécnico, equiparando-as às dos países desenvolvidos, inserindo tecnologias capazes de agregar valor ao produto primário, acompanhando todos os elos da cadeia produtiva, para vencer o maior desafio da produção animal: produzir alimentos de qualidade a preços competitivos.
(Fonte: Manual do aluno de Graduação-Unesp)